quarta-feira, 17 de abril de 2013

Da mídia

Mesmo que me diga que eu estou na frente
Não quero ver
Mesmo que você diga
Que temos tudo a ver
Não quero ser convidado
Pra festa do seu advogado.

Regada de tudo aquilo
Que andam doando por aí,
Espetáculos
Que abraçam com seus tentáculos

Até são Capazes de entreter
A ponto que a qualquer vacilo,
Desmemoriado,
As injustiças esquecerá,
E o tempo nem mais perceberá,

Capaz de olhar pra você
e ver-se espelho,
Ou protagonista
Com cara de tonto,
Gênio, artista pra
Quem tá na plateia,
Batendo ponto.

Feito armentio diante da alcateia.
Se não entendeu eu traduzo:
Em banquete de lobos, como ovelhas.

Parado! Isso é um abuso!

Quem aqui é o bobo
E quem aqui é o povo?
Quem aqui assiste à rede
Que te enrola feito polvo?

Capaz de me fazer as injustiças esquecer
Capaz de nem sentir o tempo passar
Só em ver você me entreter
Só em ver você me respirar.

Mas nosso caminho é diferente,
E diferente é nossa gente,
Que não precisa de tomada,

E vem sem tecla off.
A direção é regulada
De acordo com a estrofe.

Nossa mídia é pão na chapa
Com uma média a um real
No canal canalizada
Meio a meio com um canibal.

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