terça-feira, 1 de abril de 2008

Na perda do sono

Tem tanta gente acordada a noite inteira,
Contando as horas e achando um martírio,
Esmiuçando a labuta derradeira
De ter o dia carregado em sacrifício.

É o legado dessa gente tão penseira,
Que desconhece cada linha discorrida
De uma história tão bonita e tão faceira,
Que ela escreve inconsciente nessa vida.

Em cada leito há um peito tão marcado,
E o travesseiro analisando decisões
Nem tão certeiras mas que criam novos brados
A velhos fardos que almejam soluções.

E essa gente tão penseira e acordada,
Que se revira desmanchando os lençóis,
Que se remexe numa cama apertada,
E se enrola mas desata todos nós,

Carrega a cruz e a espada pelo ventre
Da realidade que desbota a alegria.
Mas quem constrói é essa gente o presente
E é só ela quem transforma o novo dia.

(reloaded)

Um comentário:

Anônimo disse...

Pedro é sacanagem fazer um poema tão bom assim.. to me sentindo a irma feia.

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