Cuspo um texto de meu escarródromo mental. Uma crônica ficcional, nada muito normal aos olhos da multidão passageira, ao comportamento compostado dos devires. As ondas batem lamurientas sobre o cais, ondas gigantescas engolidoras de navios. Todos se mostram preparados para o apocalipse, e empostam as novas tecnologias, os captadores da realidade, cada vez mais retida nas pastas dos computadores, armazenada em arquivos empoeirados de vírus.
Tão obsoletas são as notícias, mesmo as mais esdrúxulas. Nos púlpitos sacrais da pós-modernidade, somente um padre voador para pregar a sandice humana. Pena que a a(l)titude lhe custou a vida. A maior capital da América Latina cresce a cada milésimo de segundo, encontra-se na ciranda das metrópoles, e sua veia oriental pulsou tanto que a terra tremeu, os prédios balançaram, e todos acharam alguma coisa fora da ordem. Diriam o quê os Novos Baianos passeando na velha garoa retorcida? Infanticídios ocorrem desde o surgimento das primeiras famílias, e todos ainda se chocam como se assistissem ao fim da novela das oito. Quem será a próxima vítima? Não do assassino, mas dos televisores.
Cada um por si, Deus contra todos. Já cantaram pelos alto-falantes a destribalização da globalização, pois McLuhan estava errado. Na aldeia global, todos se entocam, conectados a grande rede de banda larga, telefone fixo sem fio e canais a cabo, sedentos em baixar o mundo inteiro num clicar do mouse. As novas filosofias são postadas em cada blog adolescente, tornam-se verborragias de brinde na venda de uísque e energético por camelôs excluídos, desdentados e de pés sujos.
A nova cultura é recheio de biscoitos, e placebos ilegais são apreendidos pela polícia a cada noticiário. O auto-conhecimento agora é artigo demodé. Saiba para si, e não para os outros, ou louve os sábios do Tibet na nova contra-cultura, a moda espiritualística. Vendem-se parcelados nos bazares as respostas para os históricos questionamentos, embalados, rotulados, etiquetados. Livros de auto-ajuda, seitas pentecostais, terreiros de macumba, tudo caminhos para um único fim.
Saio deste escarródromo já consciente. Olho para o céu nebuloso, frio e chuvoso. Meus botões não me escutam mais, estão cheios de anfetaminas nas idéias. Daqui à frente, um infinito no qual pertenço e me pertence, até meus últimos suspiros, até meus últimos segundos.
Tão obsoletas são as notícias, mesmo as mais esdrúxulas. Nos púlpitos sacrais da pós-modernidade, somente um padre voador para pregar a sandice humana. Pena que a a(l)titude lhe custou a vida. A maior capital da América Latina cresce a cada milésimo de segundo, encontra-se na ciranda das metrópoles, e sua veia oriental pulsou tanto que a terra tremeu, os prédios balançaram, e todos acharam alguma coisa fora da ordem. Diriam o quê os Novos Baianos passeando na velha garoa retorcida? Infanticídios ocorrem desde o surgimento das primeiras famílias, e todos ainda se chocam como se assistissem ao fim da novela das oito. Quem será a próxima vítima? Não do assassino, mas dos televisores.
Cada um por si, Deus contra todos. Já cantaram pelos alto-falantes a destribalização da globalização, pois McLuhan estava errado. Na aldeia global, todos se entocam, conectados a grande rede de banda larga, telefone fixo sem fio e canais a cabo, sedentos em baixar o mundo inteiro num clicar do mouse. As novas filosofias são postadas em cada blog adolescente, tornam-se verborragias de brinde na venda de uísque e energético por camelôs excluídos, desdentados e de pés sujos.
A nova cultura é recheio de biscoitos, e placebos ilegais são apreendidos pela polícia a cada noticiário. O auto-conhecimento agora é artigo demodé. Saiba para si, e não para os outros, ou louve os sábios do Tibet na nova contra-cultura, a moda espiritualística. Vendem-se parcelados nos bazares as respostas para os históricos questionamentos, embalados, rotulados, etiquetados. Livros de auto-ajuda, seitas pentecostais, terreiros de macumba, tudo caminhos para um único fim.
Saio deste escarródromo já consciente. Olho para o céu nebuloso, frio e chuvoso. Meus botões não me escutam mais, estão cheios de anfetaminas nas idéias. Daqui à frente, um infinito no qual pertenço e me pertence, até meus últimos suspiros, até meus últimos segundos.
Um comentário:
Quanta amargura =)
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