Tem tanta gente acordada a noite inteira,
Contando as horas e achando um martírio,
Esmiuçando a labuta derradeira
De ter o dia carregado em sacrifício.
É o legado dessa gente tão penseira,
Que desconhece cada linha discorrida
De uma história tão bonita e tão faceira,
Que ela escreve inconsciente nessa vida.
Em cada leito há um peito tão marcado,
E o travesseiro analisando decisões
Nem tão certeiras mas que criam novos brados
A velhos fardos que almejam soluções.
E essa gente tão penseira e acordada,
Que se revira desmanchando os lençóis,
Que se remexe numa cama apertada,
E se enrola mas desata todos nós,
Carrega a cruz e a espada pelo ventre
Da realidade que desbota a alegria.
Mas quem constrói é essa gente o presente
E é só ela quem transforma o novo dia.
(reloaded)
Porque é dela onde brotam fungos, transforma-se húmus, sucumbem túmulos, surgem larvas que se multiplicam e irradiam cheiro, cor e o ciclo da vida faz-se em flor.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Duas duras realidades
Dura realidade I "Quando a lenda se transforma num fato, publica-se a lenda", disse o jornalista sensacionalista do clássico f...

-
"Eu pensei que a lua não brilhasse, sob os mortos no campo da guerrilha, sobre a relva que encobre a armadilha ou sobre o esconderijo d...
-
O encarniçamento obstinado na mídia sobre Hugo Chávez monitora, se bobear, até suas flatulências. Mas às vezes, quase sem querer, aborda que...
-
Calhou, brincalhona, Da calha cair Lá de cima E cada retalho de telha Entediar-se. Brinca de ser brinquedo. Desse pra ser sério, Brinquedo n...
Um comentário:
Pedro é sacanagem fazer um poema tão bom assim.. to me sentindo a irma feia.
Postar um comentário