Uma crítica ao filme "Guerra ao Terror" (The hurt locker, 2009)
Claro que os filmes sobre guerra de hoje não são como os de antigamente. Silvester Stalone jamais seria chamado para refazer um novo tipo de Rambo, o herói que leva a bandeira dos Estados Unidos até o quinto dos infernos, mata milhões, não recebe um tiro e ainda conta piadinhas. Aliás, as piadinhas são um vício da prepotência estadunidense. Em todas as cenas de conflito há espaço para elas: significa que os "heróis" são lúcidos e seguros até em momentos de crise.
"Guerra ao Terror" até que mostra os conflitos mentais de seu herói, já que se trata de um experiente desarmador de bombas (daí o título original "The Hurt Locker", muito diferente do "slogan" que colocaram na versão brasileira, "Guerra ao Terror"). Mas em vez de seus conflitos atentarem para o que todo cidadão planetário de bem pede, ou seja, a paz, o herói do filme confirma a guerra, pior, a justifica, assim como parece pretender os produtores de Hollywood. A guerra além de ser "um vício", como diz o filme, gera muito dinheiro, seja tacando bombas, seja propagando o terror.
A mim, cidadão brasileiro, planetário e cinéfilo, menos me deixa pasmado o fato deste filme ter recebido o Oscar (já que ele é feito para a "America", e não para nós) do os aplausos de nossos ilustríssimos críticos de cinema, que tanto formam a opinião dos leitores.
Continuamos importanto "rambos enlatados" para passar em nosso horário nobre.
Porque é dela onde brotam fungos, transforma-se húmus, sucumbem túmulos, surgem larvas que se multiplicam e irradiam cheiro, cor e o ciclo da vida faz-se em flor.
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