sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Que na televisão tudo é falso, todos sabemos. Faz parte de nossa anestesia diária a adertência de que o que ela mostra é inverossímil. Inclusive os noticiários diários, cada vez mais exuberantes e menos significativos, pelo bem da santa ignorância.

Do cérebro do âncora só sai merda, por isso ele lê um teleprompter. Enquanto o daquela emissora vê como Homer Simpson todos os que se sentam à sua frente, o desta emissora não consegue imaginar felicidade diferente da felicidade da alta sociedade em que frequenta.

“Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho…”



Boris Casoy, o âncora que sempre pregou o moralismo cidadão em rede nacional, foi pego no flagra, totalmente nu, sem as vestes da hipocrisia.

São raras as vezes, mas a televisão também pode contar verdades ao telespectador.

2 comentários:

UM CANTINHO SÓ MEU disse...

Pedro,

Escreva mais textos como aquele no blog. É fenomenal ler textos bem feitos.

Abraços,


Juliana

Saulo Alencastre disse...

Muitas pessoas (diria a maioria) não têm um conhecimento real de si próprias buscam validar sua identidade frente aos outros. É o caso desse jornalista que procura validar sua existência com sua posição profissional, como se toda a estrutura social das relações trabalhistas fosse algo que conduzisse o homem à realização de seu verdadeiro potencial como ser, ou mesmo fosse desejável ou saudável para o planeta. É a cegueira da tradição --- um lembrete: status social é um parâmetro em todo o reino animal...

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