Não vou voltar pro meu sertão
Pois nunca estive por lá
Eu peguei minha viola
E enchi minha sacola
Fui sair pra vadiar.
Meu sertão é o meu mar,
Meu riacho é minha rua.
Sou um cidadão do campo,
Sou capiria com um trampo
Meu trabalho é caminhar.
Nas porteiras sempre abertas,
Vou seguindo em linha reta
Vou entrando em bar em bar.
Pois a pinga é minha água,
Minha vida é na estrada,
Já passei neste lugar.
Porque é dela onde brotam fungos, transforma-se húmus, sucumbem túmulos, surgem larvas que se multiplicam e irradiam cheiro, cor e o ciclo da vida faz-se em flor.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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