Do antigo blog "Falcatruas":
O primeiro homenageado é o gordo mais charmoso da televisão. Seus fãs são obrigados a dormir lá para as 2:30 da madrugada, chegar ao trabalho atrasado e tomar esporro do patrão, só porque não deixou de ir pra cama sem o gordo. Sim, Jô Soares tem uma legião de admiradores em todo Brasil, que deixam de dormir cedo para assisti-lo.
Símbolo de inteligência, aspecto intelectual, Jô Soares estimula a admiração de seus espectadores. Sua capacidade de persuasão, seu humor refinado são inquestionáveis. A alta profundidade dos assuntos abordados em suas entrevistas também impressionam. Jô Soares possui o cérebro que todos gostariam de ter.
Seu programa começa com aquele fundo musical de altíssimo gosto. Blues, jazz, estilos musicais que a maioria da população só ouve de longe, quando passam por restaurantes de granfinos.
Todo falcatrua que se preze possui seu capacho. No caso de Jô Soares, são seis os capachos. O sexteto forma uma espécie de banda de estimação, com a função, além de tocar fundos musicais que dão aquele clima agradável, de achar graça de eventuais piadas sem graça do magnânimo. Claro, piadas sem graça acontecem. O baixista do sexteto é o principal responsável por essa função. Assim que percebe não haver graça na piada de Jô Soares, o baixista solta aquelas gargalhadas com estardalhaço, e seu senso de humor contagia a platéia. Quando a piada não consegue nem arrancar risadas estridentes do baixista, Jô Soares parte para uma psicologia reversa, que sempre funciona: "Essa piada foi horrível, não teme graça nenhuma..." E todos contribuem ao espetáculo com gargalhadas e sorrisos simpáticos. Que artifício invejável desse grande falcatrua!
A banda toca e chega o gordinho simpático. Vem dançando sensualmente, com suas roupas elegantes, barba rala, óculos estilosos. Às vezes toma um bongô, dá umas batucadas leves, ou um trompete, sempre auxiliado pelo trompetista oficial do sexteto. No fim da apresentação, aquele movimento de sua mãozinha, determinando o término do fundo musical. Que maestria! Que sincronismo! O programa se inicia com piadas refinadíssimas, retiradas todas da internet. Provavelmente todos que o assistem e possuem e-mails em casa já devem conhecer estas piadas, mas o que importa é o poder de interpretação de Jô. Além de apresentador e instrumentista, é um grande ator!
Na apresentação dos convidados, um banho de simpatia e elegância. Ao chamá-los, caminha graciosamente até seus assentos, pega no braço, dá beijinho. Tudo com aquele fundo musical especial. Mãozinha de maestro, a banda pára e a entrevista começa. O entrevistado fica sempre envergonhado, afinal, nada mais nada menos que a figura de Jô Soares está à sua frente entrevistando-o. Jô demonstra intimidade com o convidado. Pega no braço, descontrai o tom da conversa, oferece-lhe drinks chiques. Ordena que o garçom chileno sirva os drinks, e quando o garçom retorna, sempre se torna alvo fácil de suas piadinhas, numa insinuação de que possuía relacionamentos com o antigo General Pinochet. Claro, o que conhecemos sobre o Chile, além do Pinochet? Mas voltemos ao que interessa. O convidado toma o drink carregado de álcool, sente-se mais descontraído e aceita a intimidade de Jô Soares. Além das perguntas de praxe, como início da carreira, projetos futuros, etc, Jô não deixa passar nenhuma oportunidade de incluir seus trocadilhos engraçados. Quando o convidado é um ator ou atriz "da casa", a entrevista rende. Quando é um estrangeiro, Jô exibe invejável fluência no verbo "Tu bi". Além de apresentador, multi-instrumentista, ator, ele é também poliglota! Quando é um músico, o gordinho demonstra conhecimento infalível sobre Bilie Holiday, Miles Davis e Frank Sinatra. Nas apresentações musicais, se ele diz "Bravo!" no final, é sinal que a banda é de altíssima qualidade.
As entrevistas terminam geralmente com aquele sonoro "Aaaahhhhh", de tão boas que são. Regida por este que é um artista situado num dos maiores pedestais da televisão nacional, a platéia de Jô Soares sai do estúdio extaseada de tanta informação, cultura, conhecimento. Saem se perguntando: "Como que pode um ser humano adquirir tanto conhecimento?".
Livros, peças de teatro, humorísticos, programa de entrevistas mais assistido, Jô Soares lutou muito para chegar aonde chegou. O que seria de Jô sem sua arte da falcatrua? É por isso que ele merece a primeira homenagem.
De todos os milhares de entrevistados que foram ao programa do Jô, apenas um conseguiu desmascarar sua falcatrua. Sim, Jô Soares um dia foi desmacarado. E o responsável por isso foi uma menininha de 4 anos de idade. Ela fez um comercial de uma empresa de telefonia porque era uma miniaturinha da garota propaganda da empresa e, junto com seus pais, foi convidada por Jô.
Diante de todos os holofotes e babações do auditório por seus grandes olhos azuis e sua bochecha rosada, a menininha sentia-se desconfortável com aquilo tudo. Assim que foi chamada a sentar à frente daquele ser redondo barbudo, igual a um monstro que ela via num desenho animado, a doce menininha se assustou e correu para o colo da mamãe. O gordo barbudo insistia em provocar a menina, mostrando suas fotos para aquela platéia calorosa. Todos faziam "aaahh, que fofinha, que tutuzinha, nhenhenhem". Cansada de tanta melação, a menina utilizou o único recurso que tinha para reclamar: o choro. Não deu importância aos comentários do gordo barbudo, queria ir para casa. O gordo ainda jogou baixo. Disse: "ela vai morrer de rir no futuro quando ver a gravação". A entrevista terminou sem nenhuma conversa, e a máscara do grande falcatrua da televisão caiu.
O primeiro homenageado é o gordo mais charmoso da televisão. Seus fãs são obrigados a dormir lá para as 2:30 da madrugada, chegar ao trabalho atrasado e tomar esporro do patrão, só porque não deixou de ir pra cama sem o gordo. Sim, Jô Soares tem uma legião de admiradores em todo Brasil, que deixam de dormir cedo para assisti-lo.
Símbolo de inteligência, aspecto intelectual, Jô Soares estimula a admiração de seus espectadores. Sua capacidade de persuasão, seu humor refinado são inquestionáveis. A alta profundidade dos assuntos abordados em suas entrevistas também impressionam. Jô Soares possui o cérebro que todos gostariam de ter.
Seu programa começa com aquele fundo musical de altíssimo gosto. Blues, jazz, estilos musicais que a maioria da população só ouve de longe, quando passam por restaurantes de granfinos.
Todo falcatrua que se preze possui seu capacho. No caso de Jô Soares, são seis os capachos. O sexteto forma uma espécie de banda de estimação, com a função, além de tocar fundos musicais que dão aquele clima agradável, de achar graça de eventuais piadas sem graça do magnânimo. Claro, piadas sem graça acontecem. O baixista do sexteto é o principal responsável por essa função. Assim que percebe não haver graça na piada de Jô Soares, o baixista solta aquelas gargalhadas com estardalhaço, e seu senso de humor contagia a platéia. Quando a piada não consegue nem arrancar risadas estridentes do baixista, Jô Soares parte para uma psicologia reversa, que sempre funciona: "Essa piada foi horrível, não teme graça nenhuma..." E todos contribuem ao espetáculo com gargalhadas e sorrisos simpáticos. Que artifício invejável desse grande falcatrua!
A banda toca e chega o gordinho simpático. Vem dançando sensualmente, com suas roupas elegantes, barba rala, óculos estilosos. Às vezes toma um bongô, dá umas batucadas leves, ou um trompete, sempre auxiliado pelo trompetista oficial do sexteto. No fim da apresentação, aquele movimento de sua mãozinha, determinando o término do fundo musical. Que maestria! Que sincronismo! O programa se inicia com piadas refinadíssimas, retiradas todas da internet. Provavelmente todos que o assistem e possuem e-mails em casa já devem conhecer estas piadas, mas o que importa é o poder de interpretação de Jô. Além de apresentador e instrumentista, é um grande ator!
Na apresentação dos convidados, um banho de simpatia e elegância. Ao chamá-los, caminha graciosamente até seus assentos, pega no braço, dá beijinho. Tudo com aquele fundo musical especial. Mãozinha de maestro, a banda pára e a entrevista começa. O entrevistado fica sempre envergonhado, afinal, nada mais nada menos que a figura de Jô Soares está à sua frente entrevistando-o. Jô demonstra intimidade com o convidado. Pega no braço, descontrai o tom da conversa, oferece-lhe drinks chiques. Ordena que o garçom chileno sirva os drinks, e quando o garçom retorna, sempre se torna alvo fácil de suas piadinhas, numa insinuação de que possuía relacionamentos com o antigo General Pinochet. Claro, o que conhecemos sobre o Chile, além do Pinochet? Mas voltemos ao que interessa. O convidado toma o drink carregado de álcool, sente-se mais descontraído e aceita a intimidade de Jô Soares. Além das perguntas de praxe, como início da carreira, projetos futuros, etc, Jô não deixa passar nenhuma oportunidade de incluir seus trocadilhos engraçados. Quando o convidado é um ator ou atriz "da casa", a entrevista rende. Quando é um estrangeiro, Jô exibe invejável fluência no verbo "Tu bi". Além de apresentador, multi-instrumentista, ator, ele é também poliglota! Quando é um músico, o gordinho demonstra conhecimento infalível sobre Bilie Holiday, Miles Davis e Frank Sinatra. Nas apresentações musicais, se ele diz "Bravo!" no final, é sinal que a banda é de altíssima qualidade.
As entrevistas terminam geralmente com aquele sonoro "Aaaahhhhh", de tão boas que são. Regida por este que é um artista situado num dos maiores pedestais da televisão nacional, a platéia de Jô Soares sai do estúdio extaseada de tanta informação, cultura, conhecimento. Saem se perguntando: "Como que pode um ser humano adquirir tanto conhecimento?".
Livros, peças de teatro, humorísticos, programa de entrevistas mais assistido, Jô Soares lutou muito para chegar aonde chegou. O que seria de Jô sem sua arte da falcatrua? É por isso que ele merece a primeira homenagem.
De todos os milhares de entrevistados que foram ao programa do Jô, apenas um conseguiu desmascarar sua falcatrua. Sim, Jô Soares um dia foi desmacarado. E o responsável por isso foi uma menininha de 4 anos de idade. Ela fez um comercial de uma empresa de telefonia porque era uma miniaturinha da garota propaganda da empresa e, junto com seus pais, foi convidada por Jô.
Diante de todos os holofotes e babações do auditório por seus grandes olhos azuis e sua bochecha rosada, a menininha sentia-se desconfortável com aquilo tudo. Assim que foi chamada a sentar à frente daquele ser redondo barbudo, igual a um monstro que ela via num desenho animado, a doce menininha se assustou e correu para o colo da mamãe. O gordo barbudo insistia em provocar a menina, mostrando suas fotos para aquela platéia calorosa. Todos faziam "aaahh, que fofinha, que tutuzinha, nhenhenhem". Cansada de tanta melação, a menina utilizou o único recurso que tinha para reclamar: o choro. Não deu importância aos comentários do gordo barbudo, queria ir para casa. O gordo ainda jogou baixo. Disse: "ela vai morrer de rir no futuro quando ver a gravação". A entrevista terminou sem nenhuma conversa, e a máscara do grande falcatrua da televisão caiu.
3 comentários:
Quanta mágoa no coração Pedrão...e tadinha da menina hehe
Quanta mágoa no coração Pedrão...e tadinha da menina hehe
Quanta mágoa no coração Pedrão...e tadinha da menina hehe
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