Calhou, brincalhona,
Da calha cair
Lá de cima
E cada retalho de telha
Entediar-se.
Brinca de ser brinquedo.
Desse pra ser sério,
Brinquedo não seria.
Leva ainda de brinde
Aquele brim engomado,
Brinco perolado.
Aí sai pelo lado,
Lá do quintal da casa,
Da quinta avenida,
Às quintas do condado.
Quantas não foram os alçares
A alcançarem a alça do mundo,
A lançarem-se lancinantes
Sobre lagos, lagoas,
Açudes lá de cima dos montes,
E observarem o recolorir
Calado das telhas
Tácitas...
Porque é dela onde brotam fungos, transforma-se húmus, sucumbem túmulos, surgem larvas que se multiplicam e irradiam cheiro, cor e o ciclo da vida faz-se em flor.
segunda-feira, 17 de março de 2008
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4 comentários:
Estou aguardando...
"...o recolorir
Calado das telhas
Tácitas..."
bom, eu gosto de poesias, mas nunca consigo vaze-las
Grande Dropê, grande poeta!
todo inspirado na calha, na telha, no alto. Tás sonhando?
beijo.
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