terça-feira, 2 de setembro de 2008

Perfil II

Do antigo blog "Falcatruas":

O primeiro homenageado é o gordo mais charmoso da televisão. Seus fãs são obrigados a dormir lá para as 2:30 da madrugada, chegar ao trabalho atrasado e tomar esporro do patrão, só porque não deixou de ir pra cama sem o gordo. Sim, Jô Soares tem uma legião de admiradores em todo Brasil, que deixam de dormir cedo para assisti-lo.

Símbolo de inteligência, aspecto intelectual, Jô Soares estimula a admiração de seus espectadores. Sua capacidade de persuasão, seu humor refinado são inquestionáveis. A alta profundidade dos assuntos abordados em suas entrevistas também impressionam. Jô Soares possui o cérebro que todos gostariam de ter.

Seu programa começa com aquele fundo musical de altíssimo gosto. Blues, jazz, estilos musicais que a maioria da população só ouve de longe, quando passam por restaurantes de granfinos.
Todo falcatrua que se preze possui seu capacho. No caso de Jô Soares, são seis os capachos. O sexteto forma uma espécie de banda de estimação, com a função, além de tocar fundos musicais que dão aquele clima agradável, de achar graça de eventuais piadas sem graça do magnânimo. Claro, piadas sem graça acontecem. O baixista do sexteto é o principal responsável por essa função. Assim que percebe não haver graça na piada de Jô Soares, o baixista solta aquelas gargalhadas com estardalhaço, e seu senso de humor contagia a platéia. Quando a piada não consegue nem arrancar risadas estridentes do baixista, Jô Soares parte para uma psicologia reversa, que sempre funciona: "Essa piada foi horrível, não teme graça nenhuma..." E todos contribuem ao espetáculo com gargalhadas e sorrisos simpáticos. Que artifício invejável desse grande falcatrua!

A banda toca e chega o gordinho simpático. Vem dançando sensualmente, com suas roupas elegantes, barba rala, óculos estilosos. Às vezes toma um bongô, dá umas batucadas leves, ou um trompete, sempre auxiliado pelo trompetista oficial do sexteto. No fim da apresentação, aquele movimento de sua mãozinha, determinando o término do fundo musical. Que maestria! Que sincronismo! O programa se inicia com piadas refinadíssimas, retiradas todas da internet. Provavelmente todos que o assistem e possuem e-mails em casa já devem conhecer estas piadas, mas o que importa é o poder de interpretação de Jô. Além de apresentador e instrumentista, é um grande ator!

Na apresentação dos convidados, um banho de simpatia e elegância. Ao chamá-los, caminha graciosamente até seus assentos, pega no braço, dá beijinho. Tudo com aquele fundo musical especial. Mãozinha de maestro, a banda pára e a entrevista começa. O entrevistado fica sempre envergonhado, afinal, nada mais nada menos que a figura de Jô Soares está à sua frente entrevistando-o. Jô demonstra intimidade com o convidado. Pega no braço, descontrai o tom da conversa, oferece-lhe drinks chiques. Ordena que o garçom chileno sirva os drinks, e quando o garçom retorna, sempre se torna alvo fácil de suas piadinhas, numa insinuação de que possuía relacionamentos com o antigo General Pinochet. Claro, o que conhecemos sobre o Chile, além do Pinochet? Mas voltemos ao que interessa. O convidado toma o drink carregado de álcool, sente-se mais descontraído e aceita a intimidade de Jô Soares. Além das perguntas de praxe, como início da carreira, projetos futuros, etc, Jô não deixa passar nenhuma oportunidade de incluir seus trocadilhos engraçados. Quando o convidado é um ator ou atriz "da casa", a entrevista rende. Quando é um estrangeiro, Jô exibe invejável fluência no verbo "Tu bi". Além de apresentador, multi-instrumentista, ator, ele é também poliglota! Quando é um músico, o gordinho demonstra conhecimento infalível sobre Bilie Holiday, Miles Davis e Frank Sinatra. Nas apresentações musicais, se ele diz "Bravo!" no final, é sinal que a banda é de altíssima qualidade.
As entrevistas terminam geralmente com aquele sonoro "Aaaahhhhh", de tão boas que são. Regida por este que é um artista situado num dos maiores pedestais da televisão nacional, a platéia de Jô Soares sai do estúdio extaseada de tanta informação, cultura, conhecimento. Saem se perguntando: "Como que pode um ser humano adquirir tanto conhecimento?".

Livros, peças de teatro, humorísticos, programa de entrevistas mais assistido, Jô Soares lutou muito para chegar aonde chegou. O que seria de Jô sem sua arte da falcatrua? É por isso que ele merece a primeira homenagem.

De todos os milhares de entrevistados que foram ao programa do Jô, apenas um conseguiu desmascarar sua falcatrua. Sim, Jô Soares um dia foi desmacarado. E o responsável por isso foi uma menininha de 4 anos de idade. Ela fez um comercial de uma empresa de telefonia porque era uma miniaturinha da garota propaganda da empresa e, junto com seus pais, foi convidada por Jô.

Diante de todos os holofotes e babações do auditório por seus grandes olhos azuis e sua bochecha rosada, a menininha sentia-se desconfortável com aquilo tudo. Assim que foi chamada a sentar à frente daquele ser redondo barbudo, igual a um monstro que ela via num desenho animado, a doce menininha se assustou e correu para o colo da mamãe. O gordo barbudo insistia em provocar a menina, mostrando suas fotos para aquela platéia calorosa. Todos faziam "aaahh, que fofinha, que tutuzinha, nhenhenhem". Cansada de tanta melação, a menina utilizou o único recurso que tinha para reclamar: o choro. Não deu importância aos comentários do gordo barbudo, queria ir para casa. O gordo ainda jogou baixo. Disse: "ela vai morrer de rir no futuro quando ver a gravação". A entrevista terminou sem nenhuma conversa, e a máscara do grande falcatrua da televisão caiu.

Perfil I


A sala de redação era bem grande. A iluminação, um pouco acima da meia-luz, dependia mais do grande telão ao fundo, onde era transmitida a programação, e dos monitores de tela de plasma espalhados nas escrivaninhas, do que das lâmpadas no teto. Os repórteres, ao mesmo tempo em que centravam os olhos nos computadores, flertavam aonde mais emanava claridade, o aquário, ao fundo, onde os editores se reuniam. Lá, ao redor de uma mesa ovalada, com uma vista panorâmica capaz de observar todos que circulavam, eram decididas as pautas do dia. O tom amistoso, permeado de seriedade, demonstrava profissionalismo da equipe de editores, e este mesmo caráter era submetido à voz final do editor-chefe.

Sem muitas dificuldades, era ele o centro das atenções. Como todo editor-chefe que se preze, ditava, através do espelho da pauta, o que seria primordialmente abordado. Não tinha necessidade de levantar a voz potente de locutor, empregando-a morosamente. Concedia direito de resposta, sabia ouvir. Tomava as rédeas da conversa com desenvoltura e diplomacia, sem perder a compostura nem a eficácia. Sentia-se como na própria sala de estar, recebendo convidados, contando histórias de família, sentado numa poltrona particular onde o terno preto descansa no encosto. Gingava sobre a cadeira, dirigindo a quem arriscava alguma idéia a grande cabeça de pequenos olhos e cabelos pretos com uma pequena porém sobressalente mecha grisalha. A gravata azul marinho pendulava, destacando-se sobre a camisa branca. Driblava idéias consideradas descabíveis apenas franzindo o cenho aos que o contra-argumentavam. Intimidava pelo olhar, como se peitasse a alma do pobre debatedor. A eloqüencia exibia um poliglotismo que mesclava português, algo em inglês e uns biquinhos de francês. Comportava-se como um adolescente prodígio querendo impressionar a namorada diante dos amigos. E, ao lado, trajando um blazer acinzentado e uma saia incapaz de cobrir as pernas modeladas pelo balé, a esposa e parceira de ancoragem no mais importante telejornal do país. Ela corroborava as idéias do marido com largos sorrisos, acrescentando comentários pingados. Ele nem precisava olhar para a esposa a fim de se confortar no apoio.

Dos assuntos da pauta, o que mais chamava atenção aos olhos dos editores era o risco de uma nova Tsunami na Ásia. Preocupava-os menos o possível desastre e sofrimento das famílias do que o número de vítimas suficiente para colocar a matéria na abertura do jornal. Até o momento, nenhuma. Os paradigmas clássicos do Jornalismo eram aplicados com perfeição pelo editor-chefe, William Bonner. Mais que isso, os paradigmas da Vênus Platinada sobrepunham-se a quaisquer outros.

Na escalada até o topo do jornalismo da emissora, Bonner era o quarto. Antes dele, Ali Kamel, que também supervisiona o periódico das Organizações, sendo uma espécie de arcebispo do feudo midiático global. O segundo, Carlos Henrique Schroeder, escritor e jornalista, conhecido mais no meio profissional do que aos olhos do grande público. No topo da lista, o dono da emissora, João Roberto Marinho. A relação entre os quatro jornalistas é de extrema confiança. William Bonner praticamente possui toda liberdade para tocar o jornal, de acordo com as diretrizes da empresa. Ele explica que, apenas “em assuntos mais delicados, como os que envolvem o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, os cargos mais altos são acionados. O oposto também ocorre. Constantemente, Ali Kamel telefonava para o celular de Bonner. Despreocupado com qualquer regra de etiqueta, dava para ouvir a conversa até fora do aquário, enquanto os outros editores esperavam, pacientes, conversando entre cochichos.

O aquário é o quartel general do jornal. Daquela salinha, pode-se fazer contato, através de videoconferência, com Brasília, São Paulo, Nova Iorque e Londres. Tudo modernizado. Tela de plasma do tamanho de um imenso quadro, controle remoto e microfone acoplados à mesa ovalada, duas câmeras espalhadas para George Orwell nenhum botar defeito. À porta, aguardavam o fim da reunião seis estudantes de Jornalismo. Iriam conversar com o editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional.

Todas as segundas-feiras a Central Globo de Jornalismo, que fica no bairro do Jardim Botânico, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, recebe visita de estudantes. O principal anfitrião é William Bonner. Ele próprio é quem explica o funcionamento de um telejornal, numa espécie de minicurso de aproximados trinta minutos. Depois, reserva uma hora para perguntas. Com ares de professor, diz ser capaz de transformar qualquer pessoa com conhecimentos gerais razoáveis num jornalista excepcional, tudo em seis meses. Formado na Universidade de São Paulo, Bonner sempre atuou no jornalismo como locutor ou apresentador de TV, sendo um privilegiado pela voz grossa e boa aparência. Não possui bagagem em imprensa escrita; pouca como repórter. Começou na maior emissora de televisão já ancorando um telejornal de São Paulo. Durante a vida profissional, o jornalismo foi visto por Bonner por um tele-prompter e uma câmera. Ganhou popularidade no telejornal líder em audiência no país, assim como notoriedade de funcionário exemplar.

Diante das perguntas de estudantes, sobretudo as recheadas com críticas ao jornalismo aplicado atualmente, Bonner parece ter respostas prontas, a toque de caixa. Mantendo a postura de editor-chefe, conversava intimidando, com fala bem articulada, suave. À primeira vista, suas opiniões não diferiram muito dos mais enfáticos questionamentos à imprensa. Após um palavrão, disse odiar Bush, que sente enjôo ao ler a revista Veja e que acha a imparcialidade um mito. Também não escondeu que, por se tratar de um programa de televisão aberta, preocupa-se sim com a audiência. Porém não perdeu a chance de vestir a camisa da empresa, afirmando ser o Jornal Nacional um “patrimônio nacional”, já gozando, então, de “credibilidade ao extremo”.

Como editor-chefe, deve se manter informado sobre os acontecimentos do mundo. Neste assunto, porém, Bonner confirmou ser a imparcialidade algo perecível, tornando-se alvo daquilo que ele próprio critica. Informa-se apenas pelas fontes de onde emana o poder mundial, através das principais agências de notícias e grande mídia. Reproduz assim, mesmo sendo um rapaz latino-americano que fugia das porretadas da polícia no Regime Militar quando ainda era um estudante de Jornalismo, o ponto de vista hegemônico.

Hoje não há perseguições políticas aos estudantes. As preocupações disseminam-se nas diversas causas. Às vezes se pulverizam. No debate com os alunos, William Bonner usava deste artifício. Dizia que a juventude, em vez de se preocupar com causas mais distantes, como a Guerra do Iraque, deveria focar questões mais próximas, na política da cidade, do estado, do país. A defesa do apresentador apoiava-se nos esparsos tiros dados pela esquerda no mundo, sobretudo ao notar um aluno vestindo uma camisa do Fórum Social Mundial; ou ao ser perguntado o que acha da Tele Sur; ou ao ser indagado por quê o Jornal Nacional deu pífia importância à eleição de Tabaré Vasquez no Uruguai, ao contrário de uma edição quase inteira sobre a reeleição do presidente americano George W. Bush; ou ao ser questionado quanto à relevância que seu telejornal dá aos movimentos sociais, como o Movimento Sem-Terra, aos índios ou aos sem-teto.
Houve algumas interrupções por editores ao longo da conversa. O possível Tsunami era um terremoto. Os mais de vinte mortos renderam matéria de abertura. De resto, tudo correu como sempre num dia-a-dia de um telejornal.

Passando do lado de fora do aquário um jovem rapaz foi chamado pelo apresentador. Depois de convidado a participar do bate-papo com os alunos, Bonner o apresentou devidamente. Seu nome é Ricardo. Aparentemente tímido, trajando uma camisa social que parecia ter sido passada a ferro segundos atrás, ele disse fazer estágio na produção do Jornal Nacional. A relação entre os dois aparentava ser bastante próxima, causando surpresa aos alunos. Neste momento, tocou o celular de Bonner, e os alunos aproveitaram para uma pequena sabatina com o estagiário. Sem alongar-se muito nas respostas, e com o olhar evitando encontros, Ricardo contou que cursa Economia numa faculdade particular. A pequena roda de perguntas foi interrompida assim que Bonner desligou o celular. O apresentador retomou as rédeas da conversa e dispensou o rapaz. Horas depois, o guia da visita à Central Globo de Jornalismo, com toda carioquice que dispensa protocolos, revelou aos alunos que o jovem rapaz é neto de Roberto Marinho, filho do dono da emissora, João Roberto Marinho.

Ocupando um dos cargos mais importantes do jornalismo nacional, William Bonner demonstra ser a concretização que todos os trainees e promessas de qualquer empresa sonham alcançar, sempre carregando os ideais da instituição a qualquer canto. Além de ser um profissional qualificado sob idiossincrasias empresariais, o telejornal que apresenta o transformou em figura pública. Poucas semanas antes deste encontro, Bonner tinha sido seqüestrado, o que causou alarde nos fait-divers. Todos os dias, ele entra sem bater nos lares dos brasileiros, como um velho e respeitável amigo que teve extremo sucesso na vida, pai de três filhos, sempre acompanhado da esposa, Fátima Bernardes. Tornou-se um ícone do que representa não apenas o padrão do jornalismo que se pratica atualmente, mas também sinônimo de verdade, de seriedade e de responsabilidade, com o detalhe de ser estes três paradigmas produtos agora pasteurizados, empacotados numa embalagem posta à venda, aquilo que hoje se denomina informação.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Três jornais

E se existissem estes três jornais: a Voz da Razão, a Voz do Coração e a Voz da Opinião?

Fato fictício:

Instaura-se uma guarda municipal como aquelas do império. Os dorminhocos sentados nos bancos das praças tomando porradas de guardas fardados. O sedan zunindo pelas vias, fugindo da patrulhinha. O fiscal multando o bêbado por não ter atravessado na faixa. O combate da polícia à máfia dos mictórios.


Jornal A Voz da Razão, o jornal mais isento, imparcial e lógico.

Policiais da 56ª DP prenderam nesta manhã de sábado o chefe da máfia dos mictórios, Zeferino da Silva, o Pará, na chamada Operação Incontinência. O mafioso foi flagrado urinando na parede do 63º BPM, que fica no bairro de Mijadinhas, em Cachoeira Pequena.

Entenda a máfia dos mictórios

Logo após a proibição decretada pelo prefeito Caesar Malafaias de prender os pedestres que urinam nas ruas, começaram a surgir clandestinamente vendedores ambulantes que permitiam que seus clientes urinassem atrás das barracas pelo preço de um real.


Está entrando no ar, A Voz do Coração, com Wilson Nilson, o apresentador das multidões

- Excelente o trabalho dos policiais da 56ª DP! Não pode deixar estes vagabundos tomarem as nossas ruas, emporcalharem nossas calçadas! E cobram do direito do cidadão de exercer uma função fisiológica!

Mas eu queria dizer a você, meu amigo, minha amiga, para não urinar nas calçadas. Urinar éi sso mesmo que você tá pensando, é mijar! Soltar uma agüinha do joelho, aliviar a bexiga. Quer mijar? Mija em casa! Ou mija no ralo, escondido.


Voz da Opinião, quem dá a opinião é você

"Ae, dizer uma coisa, quem nunca mijou na calçada? Essa classe média é muito ipócrita!"
(Classe baixa)

"Também, pobre não tem educação. Não pode dar dinheiro que enche a cara de cerveja e sai mijando tudo por aí! Não pode ver uma árvore, parece cachorro. Eu quando vou urinar procuro uma loja, um restaurante, não faço essas porcarias na rua não. Mantenho minha cidade limpa!
(Classe média)

"As causas da pobreza nada tem a ver com suas necessidades fisiológicas. O problema é a discriminação que o Governo tem com os espaços abastados da cidade. Não há banheiro químico, as ruas são uma imundície, só porque lá mora preto, pobre e favelado."
(Classe média intelectual)

"Eu mandava matar"
(Classe média emergente)

"Quero comprar aquele espaço e transformá-lo num centro cultural, onde todos possam freqüentar como se andassem num shopping center, com banheiros limpos a preço baratinho."
(Classe alta)


Rádio Voz da Razão, o jornalismo isento, imparcial e objetivo, que busca mostrar a verdade ao cidadão.

O ginasta Diogo Hipérlipo ficou em sétimo lugar nas finais masculinas no solo da Ginástica Olímpica. O brasileiro, campeão do mundo na mesma categoria ano passado, não executou com perfeição o salto triplo twist carpado, e caiu com as nádegas no chão. No salto final, Hipérlipo ainda tentou o giro que lhe deu o título nos Jogos das Malvinas 2022, o duplo triplo twist swingado, mas pisou fora dos limites do solo. Após a apresentação, Diogo chorou pelo insucesso, e não ajuda o Brasil a subir no quadro de medalhas.

Transmissão das finais pela Voz da Coração, com o narrador Adalberto Falcão, e comentários de Escar

- O Diogo lutou muito para chegar até aqui! Ele honrou a pátria, e o Brasil chora junto com ele! Vimos sua dedicação, seu empenho, sua concentraçããão que sempre o caracterizou! Valeu, Diego! O Brasil agradeeece este seu sétimo lugar! Não é, Escar, você que tanto suou esta camisa canarinho nas Olimpíadas de Winnisolte, em 2012?

- Com certeza, Adalberto. Todos vimos com clareza o desempenho do Diogo Hipérlipo. Como você disse, ele se dedicou muito e quem se dedica consegue as coisas. E representar o Brasil nas olimpíadas tem que dar a alma, dar o melhor de você pelo seu país, pelas duzentas milhões de pessoas que estão nos assistindo em casa. Infelizmente, não alcançamos o pódio, mas quem sabe daqui a quatro anos nas Olimpíadas da Tasmânia?

Voz da Opinião, a sua voz.

Cartas dos Leitores:

"Eu acho que esse Diego é um presepero, um fanfarrão! Ele quer mais é ser naturalizado ucraniano para disputar por outro país! Isso ninguém fala, isso ninguém fala! Aliás, não é de hoje que ele tem essa idéia de mudar sua nacionalidade"
(Jocimara da Silva, Fernandópolis, SC)

"A culpa é dos petistas, foi só colocar um presidente analfabeto no poder para o país virar o caos"
(Kiltler)

"Valew Dieego!, mandouu kra"
(gatinha23@hotmail.com)

"Essa economia neoliberal impede que o desenvolvimento esportivo do nosso país alcance as camadas trabalhadoras, populares, pois quem participa das olimpíadas e representa sua nação é o povo!"
(Trutasky, Rondinéia do Sul)

"Soube que o Diego Hipérlipo assinou contrato com o Deutschland Gymnastik Klub e não disputa mais pelo Brasil no próximo ano. Ele está totalmente desconcentrado, se bobear tá pensando em alemão."
(Gilson Gérson, Rio)

Nutícia di Jornar

O Ministério da Fazenda anunciou estado de sítio. E o Ministério da Saúde, vai bem, obrigado? Enquanto isso, o Ministério do Planejamento disse que iria tentar o plano B. É que há tempos não chove no Ministério da Agricultura. então o Ministério da Defesa resolveu partir para o ataque, aproveitando a cegueira do Ministério da Justiça.

Onde já se viu? A Casa Civil virou Casa da Sogra. E todo mundo do campo protestou no Ministério das Cidades. Disseram que era muito mistério esse papo dos ministérios. Aconselharam destituir os conselhos, deram parte nos departamentos, questionaram as missões das comissões, e mandaram a CPI pra putaquipari!

A ver com o nome do blog

Quando se faz da mente ornamento,
Subverte-se a cabeça a um orifício,
A um caminho de passagem
De excremento.

Antes fosse recipiente o consciente,
Pensamento que fertiliza.
E nem se sabe onde se deixa
Esta latrina!

Se canalizam-se as vias,
Ou concretizam-se as sinas,
Nem se poluem os sórdidos regatos
De devaneios mal pensados.

Passam apressadas as águas futuras,
Incolores, inodoras e insípidas.

Então cantarei o decantado,
O detrito deste lado,
Verei da foz os arrebóis,
Pois aqui fico inspirado,
Mas com o nariz tapado!

Duas duras realidades

Dura realidade I "Quando a lenda se transforma num fato, publica-se a lenda", disse o jornalista sensacionalista do clássico f...