Escrever é pousar
O pensamento numa folha de papel.
É deixar-se levar psicografando a si mesmo.
É desenhar no ar duplas hélices,
Em trajetórias helicoidais,
Correndo como um cão corre
Atrás do próprio rabo,
Em tempos em que, muitas vezes,
Se faz do rabo alheio o parâmetro.
Isso quando o rabo alheio
Não sai do próprio rabo!
Surfar como um avião em queda,
Ou como um gavião em caça
Ou um átomo que brilha
Na constelação molecular,
Na matéria, na massa
Cinzenta e branca,
No movimento mental que envolve
A cintura escapular,
Ou A região pélvica
E penteia o topete da pelvis,
E pendurado pousa,
Pausadamente,
Paulatinamente.
Porque é dela onde brotam fungos, transforma-se húmus, sucumbem túmulos, surgem larvas que se multiplicam e irradiam cheiro, cor e o ciclo da vida faz-se em flor.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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