Pirataria
Roubo de carga
A transição da nossa Idade Média
Perpetua o saque
Dos donos dos mares sempre navegáveis
Na pedra ou no canhão
Na lei ou no fuzil
O Rio é um feudo de feudos misturados
O Velho Oeste também está na Zona Norte e na Baixada
Polícia mineira é bisneta da inquisição
Guarnição não-oficial de capitanias hereditárias
"A lei maior é a de deus"
Disse o homem convencido
Pelo diabo.
Deus me deu esta terra que tomei dos índios.
Deus me deu esta herança, pena que num bairro de fodidos.
Deus me deu um rostinho bonito,
Noventa porcento anjo, dez porcento mau caráter.
Porque é dela onde brotam fungos, transforma-se húmus, sucumbem túmulos, surgem larvas que se multiplicam e irradiam cheiro, cor e o ciclo da vida faz-se em flor.
sábado, 23 de fevereiro de 2019
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Pressione
Pressione
Impressione
Passione
Pasión
Passion
Paixão
Até o chão
Pressione
Até o chão
A terra vai ser plana
Achata a terra
A terra vai ser grama
Atola na terra
Pocotando pelo quintal
Tá tudo legal
Vomitaram na telenovela
Estrelado por algum boçal.
Qual é o plano?
A terra agora vai ser plana?
O plano é outro
Terra achatada
Vira moeda,
É cara-de-pau
Ou coroa de reis
Terra ocupada
Vira favela
Pela marginal
Ou pela marquês
Mas é,
Maria José,
Não tão ligando
Lé com cré,
Tá sempre tudo sacal
Na boca pequena
Que ninguém crê.
Mas é,
Maria José,
Tão pagando
Pra vê
Como é que é meter
O nariz
Onde ninguém vê.
Desníveis nas ondas do cérebro
Um vento alucinógeno vindo do sul
Pressione
Impressione
Passione
Pasión
Passion
Paixão
Até o chão
Pressione
Até o chão
A terra vai ser plana
Achata a terra
A terra vai ser grama
Atola na terra
Pocotando pelo quintal
Tá tudo legal
Vomitaram na telenovela
Estrelado por algum boçal.
Qual é o plano?
A terra agora vai ser plana?
O plano é outro
Terra achatada
Vira moeda,
É cara-de-pau
Ou coroa de reis
Terra ocupada
Vira favela
Pela marginal
Ou pela marquês
Mas é,
Maria José,
Não tão ligando
Lé com cré,
Tá sempre tudo sacal
Na boca pequena
Que ninguém crê.
Mas é,
Maria José,
Tão pagando
Pra vê
Como é que é meter
O nariz
Onde ninguém vê.
Desníveis nas ondas do cérebro
Um vento alucinógeno vindo do sul
Pressione
Sub do sub
Sinto muito, major,
Mas cê não é o maior,
Cê é só um diletante
Perto do comandante
Que se porta de capacho
Diante do generalato
Que no todo é tudo igual
À frente do marechal
Que é um figurão
Ao lado do capitão
Que é tão decadente
Dando ordem no tenente
Que só não é cruel
Quando chega o coronel
Dando ordem pra danado
Em cima do soldado
Sub do sub do sub do sub
Sendo sub cê vai subindo
Pinta o muro de branco
É a bandeira da paz
Pinta o muro de azul
Depois solta o pitbull
Pinta o muro de verde
Planta grama pro pasto
Pinta o muro de amarelo
Depois dos cento e cinquenta
Polichinelos
sábado, 9 de fevereiro de 2019
Vale
Já passaram além do amor
Tem que passar além da dor
Mas preferem que valha a pena
Só aos que têm alma pequena
Todos os sonhos do mundo
Crescerão de lá do fundo
domingo, 3 de fevereiro de 2019
A bunda abunda
Ao menos se discute
A bunda que evolui
Que cresce na cabeça
E despe e que conduz
A bunda é sujeita
A ser um objeto
A bunda está em todos
No pai, no avô, no neto
Bunda que rebola
Que baila toda noite
Bunda que amortece
O delicado açoite
A bunda é cobiçada
É cheia de fartura.
Tem carne e tem gordura
Pra queimar numa estufa.
A bunda é um começo
De um grande canal
Mas pode ser um fim
Questão vetorial
Bunda que protege
Tamanha estrutura
Balança e amortece
E quica nas alturas
Bunda fotogênica
De estrias escondidas
Que ocupa dois assentos
De tão desinibida
A bunda é a resposta
Tá na mente das massas
Mas se perde a aposta
Por ela nada passa
É bunda maquiada
Na tela da edição
Moleza amenizada
Pra nacional paixão
A bunda é ativa
Como força motriz
E dela se apropria
A imagem de um país
Também é genitália
Faz parte do conjunto
Bunda é matemática
Espelho deste mundo
A sua bunda
A sua bunda
A sua bunda
Sua
A bunda sua
A bunda sua
A bunda sua
Abunda
A bunda que evolui
Que cresce na cabeça
E despe e que conduz
A bunda é sujeita
A ser um objeto
A bunda está em todos
No pai, no avô, no neto
Bunda que rebola
Que baila toda noite
Bunda que amortece
O delicado açoite
A bunda é cobiçada
É cheia de fartura.
Tem carne e tem gordura
Pra queimar numa estufa.
A bunda é um começo
De um grande canal
Mas pode ser um fim
Questão vetorial
Bunda que protege
Tamanha estrutura
Balança e amortece
E quica nas alturas
Bunda fotogênica
De estrias escondidas
Que ocupa dois assentos
De tão desinibida
A bunda é a resposta
Tá na mente das massas
Mas se perde a aposta
Por ela nada passa
É bunda maquiada
Na tela da edição
Moleza amenizada
Pra nacional paixão
A bunda é ativa
Como força motriz
E dela se apropria
A imagem de um país
Também é genitália
Faz parte do conjunto
Bunda é matemática
Espelho deste mundo
A sua bunda
A sua bunda
A sua bunda
Sua
A bunda sua
A bunda sua
A bunda sua
Abunda
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