segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Santa Paciência



A tranquilidade é torta. A antipatia reina. Em frente ao ponto cheio de gente da engarrafada Nossa Senhora de Copacabana, um taxi fecha um ônibus, e o taxista, achando-se com razão, desce do carro e se posta à frente do coletivo para bater boca com o motorista. Provoca um engarrafamento de uns dez quilômetros. Minutos depois da cena, volta ao seu veículo e segue em frente. A discussão para, mas a tensão não. Logo em seguida, uma batida de lataria estronda alto. Susto. Apenas a porta de ferro de uma loja sendo fechada. Suficiente para causar arrepios em algumas espinhas no ponto. Um ônibus, mais à frente, freia de forma brusca, jogando os passageiros de pé em solavanco. Uma senhora é quase atropelada ao atravessar a avenida. Não sentiu nada, apenas o som do pneu queimando no asfalto. Na cidade, o silêncio é sujo pelo barulho dos carros.  

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Dura realidade I "Quando a lenda se transforma num fato, publica-se a lenda", disse o jornalista sensacionalista do clássico f...